Orquestra da Chuva

Em uma página em branco, posiciono uma caneta e começo a escrever nossas memórias
Durante o dia todo, choveu do lado de fora, como aquele dia
A chuva bate na janela ainda e sempre.

Uma gota, então duas
Do lado de fora, a chuva começa a cair delicadamente, como a previsão havia anunciado.
Me pergunto se levou seu guarda-chuva.

Mais um dia que eu digo, adeus.
E se você erguer os olhos para o céu, verá gotas de luz lá
Nosso mundano dia a dia era tocado pela orquestra dos ecos produzidos pela chuva.

Sem me perder, era capaz de te encontrar no meio da cidade aonde os pecadores vêm e vão.
A chuva de verão adiantada, banha as árvores de cerejeira, e também a mim, esperando que você volte;
Um gato, molhado e mirrado, junto a você, sempre.

Parecem hortênsias...
O brilhante florescer dos guarda-chuvas nas ruas
Seu guarda-chuva de vinil num vermelho intenso tingiu seu perfil com a mesma cor.

Os pássaros escondidos nas árvores, estão cansados de esperar o céu.
Mas eu ainda não odeio esta chuva
Abrindo meu pequeno guarda-chuva, te convido para ficar embaixo dele

O ar frio corta nossa pele, na distancia em que nosso dedos se tocaram;
Hoje, você prendeu seu cabelo, ontem, você tinha um olhar mais adulto,
Tingindo meu dias mundanos.

Guardei a minha caneta, e desapercebidamente, o céu começou a clarear
As mentiras que eu te disse, você certamente sempre soube, desde o principio.

Nossos erros se foram com a chuva, e logo seremos lavados também.
Minha imagem não pode ser encontrado na pintura que simboliza a sua felicidade.

Esse eu refletido nesses seus olhos
Que ainda olhava naquela direção
Nunca se perdia ao procurá-la pela cidade onde os pecadores vem e vão.
A chuva de verão adiantada, banha as árvores de cerejeira, e também a mim, procuro por você
Fecho meu olhos, e posso te sentir, na essência do vento.

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